terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Aqui jaz o pecado

"Nós que já moremos ao pecado, como poderíamos ainda viver nele?" - disse Paulo.
Morrer...
Eu peco por que dizes, ou peco porque assim sou por princípio pecador?
A falta habita nos motivos alheios. O errado é consolidado no outro.
Nos constituímos seres errantes porque assim somos, ou porque assim pensamos?
Amor!
Aqui jaz o pecado.
Com o que mais nos preocuparmos se não com o amor; que diferente de tudo que se diz, não passa de uma simples escolha?
O que sentimos, o que nos move, o que achamos ser algo que nos traz felicidade, são fortes sensações biológicas.
O amor é um ato. O ato de escolher. Sem porem ou motivo, sem propósito, expectativa ou até mesmo esperança.
Completo desinteresse!
O pecado morrerá definitivamente assim que nós amarmos o outro puro e simplesmente desinteressado de tudo o que buscamos sentir, e não amarmos pelo prazer que isso nos dá. Amarmos sem qualquer ponta de esperança de que aquilo lhe trará algo de bom.
O amor não é palpável justamente por que é um ato e não um sentimento. Não se sente o amor, se ama.
Devemos morrer para esse amor sensível, assim como já morremos para o pecado.
Somente dessa forma poderemos viver o princípio básico e exclusivamente único do cristianismo:
"...amar o próximo como a ti mesmo"
Morreremos para a vida afinal, para enfim vivê-la.