segunda-feira, 31 de maio de 2010
amável ódio
terça-feira, 25 de maio de 2010
O amor sem o amar
Os fatos nada mais são do que simples conotações do imprevisto que eu ouso chamar de vida.
Por que às vezes as coisas se tornam fáceis de degustar mesmo estando sem fome?
O amor é pouco estimado. Ao ponto de que eu mal sei o que ele é.
A sim, os fatos. Eles aconteceram hoje como de costume; aparentou uma familiaridade gostosa e casual; o que me leva a pensar sobre os sentimentos.
Sentimentos são geridos somente pelo acaso? Será que o acaso também rege o meu subconsciente quando levanto possibilidades em prol do amor? Em função de possivelmente ama-la?
O amor é pouco estimado.
Meus respectivos pensamentos entorpecidos não são confiáveis agora. Pergunto-me do que são feitas as emoções nesse momento.
Endorfinas, serotoninas e injeções de adrenalina, paixão...
A música soa por mim.
As notas se intercalam nos intervalos dos sentimentos.
Tudo se contradiz sem sinal do fim.
Espero poder amanhecer sem me deparar com tantos lamentos.
O amor, infelizmente, é pouco estimado.
domingo, 23 de maio de 2010
Lembranças de uma noite sem fim
domingo, 16 de maio de 2010
Destino Inc.
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Suspiros, café e meias brancas
Duas da tarde, o cheiro de carne fresca que vinha de fora lhe virou o estômago, não sentia a fome, talvez sentisse uma vontade de comer, mas era nula sua vontade de levantar. Olhava para suas meias brancas de algodão enfiadas até a canela, sentia-se feliz pois seus pés estavam aquecidos.
Um barulho no portão despertara sua atenção. "Alguem podia atender a porta." pensou ele. Levantou-se lentamente colocando os pés no chão, abriu a janela e olhou pela fresta, reconheceu sua antiga namorada parada com os braços cruzados, com um ar apreensivo segurando uma sacola plástica amarela. Rapidamente ele abriu a porta e caminhou até o portão, ao perceber ela puxa um cigarro da bolsa e na tentativa de acender suas mãos trêmulas derrubam o isqueiro, agachando-se ao chão ele levanta acendendo o fumo da moça enquanto convida-a para entrar em sua casa puxando-a pela mão.
Trinta minutos se passaram. Os dois rolavam no tapete completamente nús, suados grudando suas mãos umas nas outras se beijavam, enquanto ele a penetrava puxava seu cabelo loiro lavado até os últimos fios quebrarem em seus dedos. Sem proferir se quer uma palavra, ambos esgotados rolavam um pra cada lado no piso frio da sala. A sacola plástica amarela permanecia intacta em cima da mesa. Vestindo sua cueca ele levanta, segue até a cozinha enche sua xícara de café, enquanto ela acende outro cigarro de joelhos no chão. Ao notar uma leve curiosidade dele em relação a sacola plástica em cima da mesa, ela manda-o abrir com cuidado, para por fim chegar ao verdadeiro motivo que a levou à sua casa. Ele mata o café que restava na xícara branca de porcelana, e pega a sacola na mão, desmanchando o nó ele faz cara de suspense olhando fixamente para ela. Ela diz "não se reprima, faça força homem!" enquanto levantava para ajuda-lo. Com um sutil gesto das mãos indicando para ela não vir, ele senta no sofá e finalmente abre a sacola. Num espasmo de espanto arremessa a sacola pra longe e corre pra cozinha lavar suas mãos.
Quatro da tarde, o sol ja começa a beijar o chão no horizonte, os pássaros se aglomeram nas telhas quebradas do telhado, e o vento abre a janela do quarto batendo-a com força na parede, quebrando o silêncio que pairava na casa.
- Que diabos você foi fazer? O que você esperava que eu fosse pensar? ele disse coçando a cabeça com um olhar profundamente assustado.
- Era isso que você mais gostava nela, seus seios não estou certa? retrucou a moça enquanto vestia seu sutiã e continuou:
- Ai estão na sacola pra você!
- Você é doente!
- A minha sorte é que você também é!
- O que você fez com o corpo?
- Que corpo?
- Como assim que corpo porra? Ela não está morta?
- Não! Pelo menos por enquanto. Amarei ela no porta malas do carro do teu irmão.
- Puta que pariu! Na nossa Chevy preta porra? Vai sujar tudo caralho!
- Foda-se, não pedi pra você parar de olhar pro seios daquela rapariga depois da festa aquele dia?
- Merda menina isso foi a oito meses atrás. Você não perdoá nada?
- Odeio perdão. Nunca pedi e nunca dei.
- Porra! Que merda... - disse ele suspirando enquanto sentava novamente no sofá esticando suas pernas.
- Você gostou das minhas meias?
- Adorei! Você fica bem de branco!
terça-feira, 4 de maio de 2010
Um cristianismo sem cristo
O desapego foi desapegado.
Dizemos ter fé.
Dizemos ser cristão.
Vivemos numa falsa esperança.
Vivemos um cristianismo sem cristo.
Achamos que a paz será alcançada, mas nossa guerra é nosso próprio viver.
Desperdiçamos o tempo que já passa depressa.
Queremos o bem, mas somente o nosso próprio bem.
Pensamos repudiar o mal, mas alimentamos ele cada vez mais.
Nos falta a espontaneidade.
Buscamos popularidade e não sabemos o que fazer com ela.
Queremos ser seguidos, mas não sabemos ao menos o caminho a seguir.
Queremos atenção, mas não sabemos o que falar.
Tentamos falar de Jesus, e depois cuspimos em suas palavras.
Pregamos um amor que não fazemos idéia do que seja.
Achamos que somos livres mas somos prisioneiros de nós mesmos.
Juntamos lembranças, bens e histórias inúteis, pré-determinadas e condicionadas e esquecemos de simplesmente viver.
Devemos expandir.
"Largar tudo para segui-Lo"
Atingir o auge do nada, afogar-nos em nossa mesquinharia.
Devemos ser amigos da morte, para na morte renascermos.
Voltemos então a pura espontaneidade.
A felicidade que caminha ao nosso lado.
Vamos comer nossa indiferença,
pra defecarmos nosso orgulho.
Vamos beber nosso conhecimento,
para urinarmos nossa falta de humildade.
Deixemos pra traz nossa grande depressão chamada vida.
Pra finalmente vivermos nossa revolução...
A revolução espiritual!
sábado, 1 de maio de 2010
Repressão sexual de quatro
Comer nesse contexto não é mais empregado como ato de se alimentar.
Será?
Há quem gaste muitos cruzados para comer mais do que necessita, ingerindo uma quantidade demasiada de carne bovina.
Satisfação.
Comer, comestível, comendo...
Há também quem faça trocadilhos alimentares.
Há quem ri.
Mariscos.
Baguete.
Café da manhã na praia.
Eu rio.
O ato sexual é inexpressivo.
Há quem diga, animal, biológico.
Homosapien.
Há quem classifique.
Foi bom.
Foi foda! (redundante)
Eu digo sexo.
Substituívelmente introcado.
Superestimando o estimado.
Socializando o impraticável.
Penso em Jesus e o sexo.
Alguem quer café?
Jesus nunca fez questão.
Forte; Doce.
Porque fazemos?
Preto, quente e na xícara.
Abstinência!
Sexo é como beber Coca-Cola
Você sabe o que ela representa
Mal sabe como é feita
Não tem dinheiro pra comprar,
e acaba bebendo Dolly.