segunda-feira, 28 de junho de 2010
A esperança na desilusão
A origem da decepção? Ou fruto?
Possivelmente nos desiludimos por profundos motivos. Seriam esses motivos alheios a nossa capacidade?
Nos desiludimos por algo que não conseguimos fazer, ou por algo que nos foi negado?
Existe a possibilidade de nos desiludirmos após caminhar por todas as vias e analisar todas as possibilidades sem excessão?
Provavelmente não.
Estaria tambem a desilusão ligada a aleatoriedade da vida? O "caos" por assim dizer?
Francamente nós desistimos de responder essas perguntas.
Ultimamente nossa unica desilusão é acreditar em algo que não deviamos considerar.
Nos desiludimos em vão.
Nos decepcionamos depois te estarmos desiludidos? Ou nos desiludimos após sermos decepcionados?
Decepção, pode se definir como quando, numa situação, nossas espectativas foram surpreendidas, e o que acreditavamos que fosse acontecer, não acontece.
Eventualmente desilusão, podemos definir, como quando, perdemos a esperança em determinada situação ou propósito. Logo a desilução é decepcionante, mas não é a decepção em si.
Nossa desilusão é a ilusão de termos esperança. E nossa decepção é esperamos demais.
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Sobre o ócio e a rotina
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Ensaio sobre o amor
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Uma flor por sobre a terra
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Prólogo de um futuro incerto
Prólogo
Tomado por um fato, Getúlio jazia em demasiado sentimento de ansiedade. Outrora pensava na vida depressivamente, "Tudo não passa de uma grande e admirável merda: a qual sentindo seu cheiro deslizamos em suas beiradas e acabamos por permanecer aterrados a ela.” Ele costumava dizer. Tudo parecia sujo à medida que seus pensamentos se aprofundavam na condicionada moral humana. E naquela noite, deixava suas lamurias para traz e se aprofundava nesse novo e fresco fato.
Como ultima saída para sua amarga condição, Getúlio formulava suas ideias em voz alta: “Na ruptura de meus pensamentos, com toda a indecisão que existe na vida, esse fato me parece plausível. Acredito ter encontrado uma via menos depreciativa de continuar a viver nesse rio de água fria: essa via é doce e perigosa. Ela se entrelaça num suave perfume de rosas que nos rasga a pele com teus espinhos. Se esconde nos caminhos tortuosos do diálogo e do prazer. Se manifesta a poucos que a buscam, e se agarra a pura experiência trazida pela vivencia.” E saindo apressado pela rua, ele puxa o zíper de seu moletom e se põem a andar pelo calçadão iluminado, e num frio onde jazia o vazio do silêncio, Getúlio continuou a falar sozinho como se seu pensar houvesse tomado as rédeas de tua língua. “É somente na existência do ser feminino que busco encontrar minha salvação. Nas profundas cavidades vaginais, é onde pretendo me alocar quando me bater aquele cheiro de merda que exala dos cantos e becos dessa sociedade pueril. Ei de sucumbir aos desejos da carne para assim suprir as necessidades que a vida me nega. Irei me afogar em prantos desconsolados, e me deliciar onde encontrar a pura libertinagem. Nelas irei me libertar, e somente nelas sentirei o êxtase que jaz esquecido em alguma parte do meu ser. Amarei-as assim que degustar suas primeiras palavras. Amarei-as assim que seus braços se entrelaçarem aos meus. Prostrar-me-ei aos caprichos das mulheres, caindo num profundo sono em teus seios maternos.” Ao terminar suas palavras, Getúlio se encontrava em frente à porta de um bar, onde ele concretizava seus pensamentos com a doce visão de uma jovem moça apoiada num pilar de madeira. Ela olhava diretamente para ele. E assim como ele adentrava as portas do estabelecimento, começava a viver sua nova vida, sua nova descoberta sendo desbravada, sua reviravolta sendo apreciada. E todo aquele fato se iniciava ali, com um simples “Oi!”.