- O que você vai ser quando crescer?
- Você quis dizer “o que você quer ser...” certo?
- Eu disse o que eu quis dizer.
- Não sei. Tem como alguém disso saber?
- Eu sei! Sei bem o que vou ser.
- Oras! Diga-me então!
- Serei menos do que ontem e mais do que amanhã. Agente vai se desfalecendo...
- Hum... O que você vai fazer no fim-de-semana?
- Provavelmente o que você for sugerir a seguir...
- Mas você não sabe ao certo o que irei sugerir, como pode ter se decidido?
- Bom... De hoje até sexta-feira, serei menos do que agora sou. Logo... Não quero perder tempo analisando a sua proposta. Dessa forma eu tenho a ilusão de que ganhei um pouco de vida na terra.
- Você é meio doido... Mas eu gosto.
- E eu meio que gosto de você... Mas você é doida.
- Eu doida?
- É! Você!
- Porque? O doido aqui é você!
- Sim! E quem convida um doido para fazer algo no fim-de-semana é o que?
- Oportunista!
- Mas a mulher aqui é você!
- Ah! Não quis dizer no sentido sexual!
- A sim... Para que o oportunismo então?
- Não são os loucos aqueles que olham para o mundo de uma maneira diferente?
- Acredito que sim.
- Então. Estou bem cansada desse mundo que eu vejo.
- Já te falei que eu te amo?
- Não! Nós acabamos de nos conhecer!
- A sendo assim não direi...
- Como assim? Como você consegue conter um sentimento desses?
- Eu nem sei o que é o amor.
- Então porque ia me dizer que me ama?
- Porque você me parece um pouco o que eu imagino ser o amor.
- E como seria isso?
- Hum... É como aquele tipo de coisa que você não faz ideia que existe, nem como funciona. Então num belo dia você acaba, acidentalmente, encontrando-a por acaso. Você descobre algumas coisas sobre ela e acaba sentindo algo.
- Puxa... isso foi muito bonito! Nunca me disseram nada parecido.
- Eu sei, eu sou doido se lembra?
- É... faz mais sentido agora.
- Se faz sentido, afinal, você está curada!
- Curada? Do que?
- Da loucura! Ela não faz sentido. Ou estaria eu curado?
- É mais provável você estar. Faz mais sentido. Haha!
- É... faz.
- Está quente aqui né?
- Pois é... Deu uma esquentada...
- É...
- Bom, eu acho que te amo.
- Legal!
- É... É bem legal mesmo.
- Está gostando?
- Do que? De amar? Sim, é uma sensação boa.
- Superestimado?
- Talvez...
- Eu acho que te amo também.
- Legal... Como se sente amando?
- É bacana... Da uma coisinha no estômago.
- É verdade... Dá mesmo.
- Será que amor tem algo a ver com o que agente come?
- É... Ahaha! Acho que sim...
- Bom... foi legal amar você.
- É... foi bom também, te amar.
- Quanto eu devo?
- Hum... deixa eu ver... Dois cafés e uma rosquinha... Quatro e cinquenta!
- Ok! Tome! Fique com o troco!
- Obrigado! Até mais ver!
- Até...
Nem sei se eu admiro a simplicidade da sinceridade ou oscilação da loucura. Mas eu gostei ! rs ..
ResponderExcluirClaro que já fui mais amante desse tipo de dialogo, mas desgasta a gente.. Ou estamos, simplismente, ficando velhos.
Beijo Vini !
"O que você vai ser quando crescer?
ResponderExcluirSerei menos do que ontem e mais do que amanhã."
Isso me fez pensar...
Gostei!
Te amo irmão!
Achei isso tão engraçado quando irônico...
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