terça-feira, 5 de outubro de 2010

A esperança no silêncio do mudar

O que me faz buscar a incansável mudança?
A vida se expressa tão pouco nesses dias frios, que eu começo a questionar o que tenho como base para as minhas idéias. Milhares de palavras impressas nas dezenas de livros folheados não são suficiente até certo ponto. As idéias alheias são alheias a minha rotina. Não sei até onde a busca por uma mudança tornariam as coisas diferentes.
O que determina uma mudança? De onde surge, se não da própria consciência humana e respectivamente do conteúdo histórico social? Existe em essência uma idéia de mudança transcendental? Seriam essas questões significantes afinal?
Me pego pensando que talvez não devêssemos buscar mudança alguma. Não há nada de novo que não exista em nós desde o início. Devemos nos desvincular de qualquer busca moral, ou espiritual. A grande questão está em voltarmos para o que de fato somos. Trazendo o termo ao belo, devemos voltar ao nada. Conceber a idéia de que nascemos em um estado espiritual completamente ligados a nossa essência, chame ela o que quiser, no caso eu à chamo Deus, é dizer que o que nos resta a fazer é nos libertar de tudo o que nós acreditamos saber sobre a vida. Nos libertar-mos enfim de nós mesmos. Atingir-mos o ápice da negação.
Se a liberdade é por fim uma busca por mudanças, logo ela nunca será alcançada. Porém se a liberdade está na perda da esperança, logo, acredito que possa vir a encontra-lá.

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