quarta-feira, 25 de julho de 2012

Tiê

Caramelizados olhos sombreados à cor de escuro. Os fios de franja entrecortada de um cabelo preto, julgo limpo, macios. Aquela pele que é pele por assim ser; pele de pincel de Renoir. Finos e curtos dedos presos em finas e curtas mãos. 
E quão singela doce serenidade; quando se vão as palavras tão cheias de razão, um falar da angustia a sorrir em paz, em par com a calma, de mãos dadas tu e a sensação. Eras belo silêncio sussurro ao pé do ouvido.
"Eu me lembro..."  ela disse, se aprofundou em ser-a-si-mesmo tanto que se fez viva, quase se podia sentir como um toque de pequenos dedos passeando por meu ombro.
Me encheu de ar, me venceu, encheu-me de solidão, dessa solidão sem cheiro de flor; de suspiro inspiro, de   ti me expiro até de ti nada mais ter, até de ti morrer, de ti tiê. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário