sábado, 13 de novembro de 2010

Escrevo pra dizer que escrevi hoje. Pra dizer que havia dito algo. Pra sentir que sinto.
Escrevo pra pensar. Escrevo enquanto penso, e penso em escrever.
Penso na vida, na futilidade de se pensar na vida, no clichê de se pensar em viver.
Penso logo vivo, vivo no escuro do pensar.
Entendo que o entendimento é desentendido.
Entendo que sei o que não deveria saber. Sei que não preciso, mas precisamente do que o sei.
Brinco com as palavras para me enganar de que elas prestam.
Escrevo pra dizer que hoje eu escrevi. Pra que alguém leia, pra que ela leia, elas.
Elas guiam.
Elas me arrastam.
O que meu pai diria? Mulher? Hum?
Escrevo pra você ler, pra você comentar, pra você logo em seguida esquecer.

Um comentário: