terça-feira, 2 de novembro de 2010

O presente num lapso de tempo

Se constrói um laço com o futuro. Pensa-se que na vida tudo está por vir.
Mantenho-me inerente a realidade até a hora em que ela me bate a porta.
Mas la fora é frio...
A vida realmente é muito mais do que a realidade? Ou habita nos confins de nossos desejos e sórdidos pensamentos, uma fábula de bençãos e prazeres que nunca poderemos alcançar? É, essa liberdade, algo que transcenderá o ser? Somos ainda presos por não saber que tudo o que precisamos são alguns amigos, auto-conhecimento e liberdade? E sendo assim o fato de saber nos libertaria? Até onde existe um padrão para o que o ser-humano precisa? Até onde podemos ser livres?
A breve experiência que vivi, me diz que a liberdade é tão cruel quanto a alienação. O desamparo de saber que tudo depende simplesmente do nosso querer, por mais absurdo que pareça, me desperta uma náusea e uma angustia, por não saber que fim dará a minha escolha, e vivo isso por ainda me apegar a algumas respostas e condições morais de certo ou errado. Mas não sei até onde é possível disso me livrar.
Não sei o que eu quero. Mas ao menos agora sei que quero querer.
Não sei o que vou fazer. Mas agora sei que farei algo.
Aquele laço que construímos com o futuro, uma hora estica e te arrasta pra ele. O presente não existe, ele já é passado a cada segundo num lapso de tempo. O futuro é o que escolhemos fazer.
E o mais tragicamente cômico, é que sempre escolhemos algo, escolhendo ou não.

Um comentário:

  1. caceta. haha completou tudo o que eu queria dizer no meu texto. voce usou até a expressao parecida kkkk que engraçado.. acho que estamos em sintonia não?
    beijo.

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