terça-feira, 19 de novembro de 2013

A necessária morte de Gabriela

no verde escuro olhar, a luz se faz, a menina se faz;
os olhos firmes temem em oração, esquece-se a dor, e o que já não for;

não da mais pra sentir o chão
é pouco o senso, há de se acostumar
na estima que pouco se vê, nas orlas do velho sambar,
a voz que sussurra baixinho a rouca paz que alenta o amar.

pode ser que soando assim, o só se permita sonhar, o nó se desfaça no ar;
no risco de nunca se ter, a angustia de-si para o mar, que bate e volta quão longe se vá;

não da mais pra sentir o não
é pouco o bom senso, há de me perdoar
na estima que tende a sobrar, nas horas extenso pesar,
a paz que alentava o amor agora sussurra baixinho:
gabriela.

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