quarta-feira, 28 de abril de 2010

"Notas de um jovem safado"

[Este é um mero rascunho de meu caderno velho]

O que é uma noite, se não as melhores horas do dia?
Estava pensando em fazer. Fazer é como respirar, você não se importa somente faz. Agora não fazer é como amar, você se importa mas não faz.

As vezes eu queria ser. Não queria existir ainda. Somente ser...

Alguns dizem que a vida é como uma folha de caderno em branco, e que você escolhe o que vai escrever. Pra mim a vida se encaixa mais numa folha em branco de papel higiênico, que é puro e limpo mas no fim agente enche ele de merda e joga no lixo...

Acabei de ler uma frase interessante num livro do Kerouac sobre as mulheres, me fez rir, dizia assim:
"A verdade sobre tudo é que nós não compreendemos nossas mulheres, nós as culpamos, mas a culpa é toda nossa."

A culpa é sempre de quem tem culpa, afinal pra que diabos serve a culpa? Culpa é como masturbação, você escolhe fazer por você mesmo e só você sente.

Esse lance de auto-destruição é um tópico a ser deflorado...

Acidentalmente acabei me perguntando se agente escreve para nós mesmos, ou para os outros. A quem diria que se fosse para nós mesmos não teria sentido escrever, acabaríamos por apagar assim que terminássemos, pela lógica. Mas a quem diria que se fosse para os outros não teria o efeito desejado, pois cada um analisa pelo seu próprio prisma. Eu penso que escrevemos para nós mesmos e para os outros. Para os outros pela intenção proposta no texto, e para nós mesmos pelo reflexo aflorado que o texto pode causar nos outros.

Espero que vocês não aflorem as intenções que eu quis passar essa noite...

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