sábado, 11 de setembro de 2010

Sexo inc.

Pela parede fina de tijolos do meu pequeno quarto, eu pude ouvir pequenas manifestações sexuais nessa noite fria de Setembro. A voz doce feminina intercalada por pequenos gemidos, adentraram em minha leitura. As palavras permaneceram vagas enquanto os sussurros ao lado não cessaram.
É engraçado pensar sobre o que em essência é o sexo. A cada dia que passa construo um abismo enorme entre o amor e o sexo, edificando um novo sentimento, bastante peculiar para mim, para o sentido de amar. Talvez o limite entre as experiências a nível de relacionamento humano e as simples manifestações biológicas, enraizam em nós uma visão desconexa do ato sexual. O coito reprodutivo hoje é a base da nossa sociedade. Como disse um grande amigo meu hoje de tarde, "se Freud estivesse vivo hoje, ele estaria rico", a essência do sexo hoje se defini unica e exclusivamente pela repressão que ela exerce em nós. O que teria que vir a ser um ato de liberdade, de puro e simples afeto humano, é um fator que dirige a nossa vida. Me pergunto até onde temos controle sobre isso?
Ainda escuto, pela fina parede, o jovem casal se relacionando, mas agora não de forma sexual. É deprimente até certo ponto. Salve a solidão! O poder que ela exerce sobre ele é puramente influenciado pelo instinto sexual. Será ele reprimido? Quem não é? Agora sim chego a uma pergunta importante:
Existe uma forma de puro e simples controle sobre todos os nossos graus e facetas que chamamos vida? Há quem diga que é mais fácil trepar e depois puxar um assunto. Há quem faça isso simultaneamente. Há quem prefere sobre o efeito do álcool. E há aqueles que querem de qualquer forma.
Será que existe aquele que disso livre está?

Um comentário:

  1. haha bem paper street.. me lembra a cena do tyler ouvindo o tyler e a marla no quarto ao lado. kkk
    Há quem diga tambem que sexo é pecado.

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