terça-feira, 6 de agosto de 2013

Track 1

Em meio a desordem afã, teu sonho só sorriu, um pranto em sol vestiu, um puro nó de navio, um sonho vil...
Por entre as poças, as pernas: moça meu bem! quase se pôde ver, as velhas coxas de algodão, o despudor em vão, quase se viu...
Na breve manhã, há de se ter o amanhã de se ter, há quem se engane sobre o ser, ser desalmado enquanto ser, enquanto a breve e doce tristeza sensível, pela velha manhã, se pôr em branco no preto café de sachê, café de quem crê...
Sutileza me vem, singela apatia que ama dolente a pobre morena cor de pão;
A velha certeza me vem, por ela a sincera inocência sofrida calçando sapato sem meia, descobre carente a razão;
E a mesma flor murchou;
E o trevo da sorte se fez hortelã e baço murchou;
A jovem Graciliana se arrefeceu, choveu no chão seco de vidas, coberta de penas  no rio murchou;
Sem pétala, sem dor, sem dó, sem cor, sem lá menor se expor ao vento insípido em par com Deus, a par que só se murcha quem viveu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário